No local de trabalho e de maneira semelhante em casa ou na estrada, existem apenas três fontes principais de eventos inesperados: ou o equipamento faz algo inesperadamente, outra pessoa faz algo inesperadamente ou fazemos algo inesperadamente.
Sabemos que ninguém planeja ter uma lesão grave, o que significa que algo inesperado tem que acontecer. No entanto, nem todos perceberam que há essencialmente apenas 3 fontes de eventos inesperados: você faz algo inesperado, a outra pessoa faz algo inesperado ou um equipamento faz algo inesperado (veja a figura 1).
Qual dessas 3 fontes você acredita que seja a maior ou a mais importante? Se fizermos essas mesmas perguntas a todas as pessoas com quem você trabalha, o que elas diriam? Bem, antes de entrar nas porcentagens de cada categoria, vamos pensar um pouco sobre o que realmente aconteceu conosco em termos de lesões e quase acidentes. Quantas lesões graves você já teve (fraturas, queimaduras de terceiro grau, colisões graves, etc.)?
E continuando, quantas lesões leves como contusões e distensões, pontos ou pancadas leves você teve? E quantos cortes ou hematomas, batidas e arranhões você já sofreu? Como você se compara à maioria das pessoas? (Veja a figura 2).
Obviamente, quando você bate o dedo mindinho do pé no pé da mesa, é improvável que a mesa tenha feito algo inesperado. Mas, e todas as outras coisas? Agora que você já pensou um pouco sobre as suas lesões, quantas delas foram causadas por um equipamento fazendo algo inesperado? Nota: 100 pessoas em uma sala, normalmente apenas uma ou duas pessoas concordam com essa pergunta. Quando você pergunta sobre a outra pessoa fazendo algo inesperado, certifique-se de excluir esportes de contato onde possa estar tentando realmente machucá-lo. Mais uma vez, com 100 pessoas geralmente você consegue de 10 a 15 mãos levantadas, mas raramente alguém tem mais do que um exemplo. E finalmente, o que resta são todas as lesões pessoais. Para a maioria das pessoas, mais de 95% das lesões sofridas ocorreram na “área pessoal”. Embora a maioria das pessoas admita “francamente” que seria algo entre 97 e 99%.
Mais de 3 milhões de pessoas passaram por esse exercício em milhares e milhares de locais em diferentes países. E em termos de mudanças de paradigmas, é provavelmente o mais poderoso ou um dos mais poderosos exercícios. O que a maioria das pessoas pensa antes de passar por este
exercício, é que um equipamento fazendo algo inesperado ou o outro fazendo algo inesperado teriam uma incidência muito maior do que a área pessoal. Até mesmo as pessoas que já perceberam que a área pessoal é provavelmente a maior responsável, ficaram realmente surpresos com o quanto ela é elevada: a maioria das pessoas nunca se machucou seriamente porque um equipamento ou alguém fez algo inesperado. Em outras palavras, quase 100% das lesões graves que sofreram ocorreram na área pessoal.
Esse exercício, no qual você faz com que todos construam sua própria pirâmide de riscos pessoais e depois pensem em cada uma das 3 fontes, como você pode imaginar, é um verdadeiro “abrir de olhos” para pessoas que preferem ou querem culpar a empresa por todas as lesões (todas as lesões são falhas de gestão porque eles são muito econômicos para consertar equipamentos ou solucionar as condições inseguras). Então, encontramos o inimigo, e o inimigo somos nós mesmos.
Mas na verdade, isso é muito motivador. Porque se a causa sempre fosse o equipamento ou alguém fazendo algo inesperado, nós não teríamos poder, ou estaríamos perto de sermos impotentes, quanto a poder fazer algo a respeito.
Mas como o problema é na área pessoal, então nós podemos.
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