Especialista em segurança do trabalho dá dicas de como não deixar com que a complacência nos deixe desatentos no dia a dia
Quem nunca pegou no celular enquanto dirigia ou enquanto andava pela rua e confiou que, porque faz aquilo com frequência e nunca “aconteceu nada”, poderia repetir a ação novamente? “Mais de 90% dos acidentes que acontecem conosco, seja no trabalho, em casa ou no trânsito, podem ser evitados.
Uma das principais causas desse tipo de acidente é a complacência ou excesso de confiança, porque achamos que estamos seguros fazendo algo que já estamos acostumados a fazer diariamente”, explica o especialista em segurança do trabalho e head de marketing da empresa SafeStart, Lucas Martinucci.
A complacência, ou excesso de confiança, é muito difícil de se reconhecer. “A segurança é colocada em xeque quando diminuímos nossa percepção de perigo, quando desviamos algumas atitudes, tomamos atalhos ou evitamos as normas porque ‘nunca deu errado’ e ‘sempre fiz daquele jeito’. Além disso, quando acreditamos que não precisamos melhorar, porque já somos bons o suficiente naquilo que fazemos, baixamos a guarda e ficamos propensos a erros bobos”, complementa Martinucci.
O especialista dá dicas de como não deixar que o excesso de complacência acabe causando acidentes.
• Desligue o piloto automático! Se a complacência está começando a te controlar, melhore seus hábitos, mantenha os olhos na tarefa e procure em outras pessoas os estados e erros que aumentam o risco de lesões. Isso vai ajudar com que você não repita os mesmos comportamentos;
• Avalie seu estado. É muito importante ter a consciência de que não se sabe tudo e não somos super-heróis. Faça uma autoanálise: Como estou me sentindo hoje? Onde eu erro todos os dias? Quais erros são verdadeiros riscos a minha vida e o que fazer para evita-los?;
• Antecipe seus movimentos para evitar possíveis erros. Isso deve virar um hábito na vida de cada um – esteja realmente atento ao sair de casa, no trânsito, no trabalho, em lugares públicos. O excesso de zelo nunca é prejudicial;
• E por fim, peça ajuda. “Quando eu vi que estava pegando muito no meu celular enquanto dirigia, pedi para minha esposa e filhos me repreenderem. Com ajuda tudo fica mais fácil. Faça isso com familiares, colegas de trabalho, amigos”, diz Lucas.
Matéria publicada por: Portogente